A sensatez fotográfica nos registros pedagógicos
- Ciranda do Aprender
- 4 de jul. de 2020
- 1 min de leitura
Atualizado: 18 de jan. de 2021
Anderson Nunes

Sobre os registros pedagógicos fotográficos, vivemos um momento de grande equívoco ou talvez uma ansiedade em demasia por tais resultados intactos e perfeitos nos processos de aprendizagem de cada criança, talvez com toda tecnologia fotográfica ao dispor dos professores, a imensa vontade para devorá-la, torna-se possivelmente maior do que a vontade de vivenciar junto com a criança a vasta experiência.
Trocando em miúdos, podemos observar professores cada vez mais "alienados" para mostrar o "possível" resultado do que está sendo feito, do que professores sensíveis, "aventureiros" e cúmplices do próprio processo proposto...
O professor que prioriza fotografar, deixa muitas vezes de estar na cena junto com os verdadeiros protagonistas dela, ou como dizem alguns fotógrafos "Quem fotografou demais esqueceu de deleitar por completo "tal" momento..."
A fotografia imortaliza momentos isso é indiscutível, inclusive mágico, porém quando se trata de um trabalho tão importante como os registros pedagógicos, temos que pensar e agir com sutileza e deixar registrado através das "lentes" somente a verdadeira essência do processo, a poesia, o néctar, o fato inusitado, o curioso, o que realmente saltou aos olhos, pois a fotografia mesmo sendo uma arte bela e apaixonante pode se apagar com o tempo, ou ficar esquecida em algum arquivo ou gaveta, mas a memória afetiva de uma criança será guardada com carinho e até o fim de sua vida...
É verdade, Anderson! A cumplicidade, o estar com e para a criança é insubstituível...